Três arquitetos, um engenheiro civil e uma médica são os fiéis depositários da ligação de mais de 70 anos que une a família Loureiro à Universidade do Porto.
Tudo começa na década de 40, com a entrada de José Carlos Loureiro na então Escola de Belas Artes do Porto, antecessora das atuais faculdades de Arquitectura (FAUP) e de Belas Artes (FBAUP) da U.Porto. Terminaria o curso de Arquitetura em 1950, com a classificação de 19 valores, conquistando pelo meio o prémio Carlos Ramos (1945). Foi nessa altura que começou a carreira como arquiteto e docente na sua escola de sempre. Tinha acabado o curso há um ano quando lhe foi entregue o projeto do Pavilhão Rosa Mota, a partir do qual nasceria um dos mais icónicos edifícios da cidade do Porto. Em 1972, e já depois de ter sido professor de Álvaro Siza Vieira, abandonou o ensino para se dedicar a tempo inteiro à arquitetura. Quatro anos mais tarde, em 1976, criou o Galp, Lda. (Gabinete de Urbanismo, Arquitetura e Engenharia, Lda.), onde hoje, aos 91 anos, continua a trabalhar, ao lado do filho José Manuel e do neto Luís.
Inspirado pelo pai, José Manuel formou-se em Arquitetura pela ESBAP em 1974, estando ainda hoje a trabalhar com o pai, no gabinete que se tornou um projeto de família e que se reforçou entretanto com a entrada do neto mais novo de José Carlos Loureiro. Em 2002, Luís segue as pisadas do pai e avô e entra na FAUP, onde se licencia em 2008. Os três são hoje colegas de trabalho no Galp.
Dos três irmãos, Luís foi o único a seguir a mesma área de estudo do pai e do avô. A irmã, Joana Pinheiro Loureiro, escolheu a Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), onde se licencia em 2000. Já Manuel Pinheiro Loureiro, o engenheiro da família, formou-se em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia (FEUP), em 2002.